Em meio à crise com Norte, ministro de Defesa sul-coreano renuncia

27-11-2010 00:13

Kim Tae-Young, em foto de 23 de novembroKim Tae-Young, em foto de 23 de novembro
(Foto: AFP)

O ministro sul-coreano de Defesa, Kim Tae-young, renunciou nesta quinta-feira (25) em meio às críticas à resposta do país ao ataque da Coreia do Norte na última terça-feira. A Presidência confirmou que a demissão foi aceita. O ministrose demitiu "para assumir a responsabilidade de uma série de recentes incidentes", indica o comunicado.

Pela primeira vez desde a Guerra da Coreia (1950-1953), os norte-coreanos bombardearam uma zona habitada por civis na Coreia do Sul. Os disparos de artilharia mataram quatro pessoas - dois soldados e dois civis - e deixaram 18 feridos na ilha de Yeonpyeong. A Coreia do Sul avisou nesta quinta-feira que aumentará os efetivos militares nas ilhas do Mar Amarelo.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, foi muito criticado pela imprensa e autoridades políticas do país, que consideraram fraca a resposta militar ao bombardeio norte-coreano. "O Sul não poderá ser dissuasivo enquanto continuar falando muito e fazendo pouco em relação a este regime brutal e hostil", afirma um editorial do jornal "The Korea Times".

O editorial destaca ainda "a incapacidade de Seul de punir Pyongyang por sua provocação". O jornal conservador "Korea Joongang" pede a adoção de novas regras de resposta militar contra as "provocações" armadas da Coreia do Norte. "Nosso problema é nossa resposta frágil", acrescenta o Korea Joongang, que lembra que o afundamento de um navio de guerra sul-coreano em março ficou impune no plano militar.

* Com informações da Reuters e France Presse

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