CHENGDU J-7/ F-7. O avião que se transforma em mil.

28-10-2010 17:22

Por Everton Luiz Vasconcelos Pedroza
DESCRIÇÃO
Defesa de ponto ou defesa pontual é um termo comumente usado no meio militar, que dentre outras coisas indica a função de belonaves ou sistemas de armas dentro de um campo de batalha. Trata-se, em muitos casos, da última linha de defesa num planejamento militar, que deve repelir ataques a pontos estratégicos a serem protegidos, assim como faz um cão de guarda em defesa de seu território.Para muitos aficionados por aviação , o ’’modelo ideal de caça’’ segue como parâmetros máquinas como F-15, SU-27, F-22. Ou seja, caças com raio de ação transcontinentais, pesados, feitos para agirem em ações fora de seu território por potências regionais e globais. Mas assim como as marinhas não precisam apenas de porta-aviões para lutar numa guerra, muitas das forças aéreas bem sabem dar o devido valor às qualidades de um especializado‘’defensor de ponto’’: uma aeronave leve, simples, robusta, ultra-manobrável e devidamente armada . Não foi para essa missão que nasceu o caça Chengdu J-7 (ou F-7, como são chamadas as versões de exportação), porém é exatamente para esse fim que ele é usado nos dias de hoje.
Criado como uma simples cópia do famoso caça-interceptador Mig-21, o inicio de sua produção foi conturbado, devido a cisão Sino-soviética de 1960 e das constantes negativas soviéticas na hora de compartilhar tecnologias. Porém, um acordo entre os governantes Mao Tsé Tung e nikita Khruschev, em 1962, viabilizou a transferência de tecnologia e por conseguinte, a fabricação do modelo na China. Mesmo com o início da cooperação militar dessas nações nesse projeto, os chineses encaravam o fato com muitas reservas, antevendo a possibilidade futura do uso da engenharia reversa. Eles não tinham projetos próprios, mas já dominavam a produção de aviões militares. Parecia que não seria tão difícil fazer transformações na célula do Mig-21.
Pouco tempo depois o temor dos chineses tornou-se uma realidade: dos kits enviados pela URSS á empresa aeronáutica Shenyang, muitas peças encontravam-se inapropriadas e mal dimensionadas para a montagem; bem como os documentos técnicos a respeito do avião estavam incompletos. Seria necessário um longo trabalho de engenharia reversa. O que era um desafio, virou uma especialidade chinesa que ainda persiste!
Acima:.Um J-7III da PLAAF. Tratou-se de uma experiência dos anos 90 em fazer um J-7 nos moldes dos MIG-21 russos de terceira geração.

PRODUÇÃO EM MASSA
Em março de 1964, a Shenyang deu inicio a produção do novo caça, após resolver nada menos que 249 problemas que inviabilizavam o fabrico do Mig-21 na China. Conseguiu-se também, com ajuda te engenheiros locais, os documentos técnicos que faltavam. Os problemas hidráulicos, problemas dos motores chineses Wopen e as falhas da regulagem do fluxo de ar para a turbina, acompanhariam o modelo por muito mais tempo. Devido a Revolução Cultural ,houve um atraso de desenvolvimento do projeto,ao passo que a produção em massa propriamente dita só foi possível à partir dos anos 80.
Acima: A China possui, hoje, cerca de 700 caças J-7 em suas diversas versões, em serviço ativo. O conceito de defesa de ponto é usado por outros países também, como a Inglaterra que tem em seu jato Hawk de treinamento, sua ultima linha de defesa aérea.

MISSÃO
Com o passar dos anos, enquanto o Mig-21F e o J-7I – filhos da primeira geração do Mig-21-envelheciam, na União Soviética o tipo já estava em sua quarta geração. Porém havia um ‘’choque’’ entre os conceitos soviético e chinês: os padrões soviéticos buscavam, nos Mig-21 mais novos ,aviões pequenos que assimilassem todas as tecnologias que surgiam, tais como radares de maior alcance, melhores recursos eletrônicos e maior autonomia; com a multi-funcionalidade sendo também um objetivo a ser alcançado. Sacrificavam em parte o desempenho ‘’puro’’ do caça em detrimento de maior eficiência do sistema de armas, que na época dependia de aviônicos à válvula, pesados e frágeis.
Contrariando tudo isso, os chineses não abriam mão da boa visibilidade dos primeiros Mig-21. Recusaram aumentar o tamanho do radome (que poderia diminuir a manobrabilidade e a visibilidade na dianteira) e da corcova. Também não concordavam em substituir o canopy em bolha, que permitia uma visão mais ampla em quaisquer direções, comparando com os ‘’Fishbed’’ mais novos.
Porém, permitamos pensar: o que a China ganhava fazendo um avião menos equipado, com menor radar, e com o mesmo desenho de fuselagem e asa do Mig-21F, da década de 50? Poucas coisas, talvez nada, no que se refere a desempenho em combate. Mas o plano chinês, anos à frente, tornou-se mais ousado que simplesmente fazer uma cópia ‘’econômica’’ do modelo russo: o J-7 foi aperfeiçoado para ser um ‘’defensor de ponto’’por excelência. Um avião que não precisa voar longe e procurar seus alvos, mas sim engendrar ataques rápidos com grande número de aeronaves otimizadas para o ‘’dogfight’’, com assinatura radar diminuída. Era assim que pensavam os primeiros projetistas do Mig-21.
Talvez um caça ‘’dogfighter’’não seja bem compreendido, quando pensa-se na realidade de forças aéreas mais limitadas, que buscam cada vez mais fazer mais missões, de maior variedade, com menor numero de aeronaves. Porém levando-se em conta o grau de importância dos possíveis ‘’alvos’’(instalações militares, industriais, de geração de energia)presentes em países como China e Rússia, e o poderio militar das demais nações fronteiriças, chega-se a conclusão que a estratégia chinesa não está de todo errada: segue o mesmo raciocínio de Índia e Paquistão, que se esforçam para manter sempre o maior numero possível de esquadrões ativos.
Sendo a China um país de dimensões continentais, seria muito difícil um agressor tentar anular instalações chinesas sem adentrar em seu território.Daí é nessa hora que a família J-7(solução caseira, numericamente viável, amplamente conhecida e livre de qualquer tipo de arresto) mostra seu valor!!!!
Nunca é demais repetir: Antes um J-7 era nada mais que um Mig-21 ‘’a moda chinesa’’, porém de alguns anos para cá, tornaram-se aeronaves completamente distintas.
Acima: Aqui podemos ver um exemplar do modelo F-7M usado pela força aérea do Irã. Esta versão não tinha, ainda, as novas asas que proporcionaram a grande melhoria no desempenho de vôo desta aeronave.

PRINCIPAIS VERSÕES
J-7 - Eram cópias chinesas do Mig-21 F-13, feitas pela Shenyang Aircraft. Apenas 12 exemplares dessa versão foram produzidos
F-7 A - Versão de exportação do J-7(sem sufixo) com motor Wopen WP-7B, um canhão de 30 mm e dois pílones sob as asas. Foi exportada para Albânia e Tanzânia. Comenta-se que muitos equipamentos do F-7 A eram superiores aos da versão empregada pelos chineses (J-7).
J-7 I/IM - O J-7I era uma versão melhorada do J-7 original, produzida na década de 70. Como modificações, essa série teve o cone regulador de fluxo de ar fixo (chapéu de bruxa) substituído por um de admissão variável. O armamento foi reforçado com mais um canhão de 30 mm (no total de 2) e mísseis Pl-2. Um pára-quedas de frenagem também foi adotado, nessa variante que ainda mostrava-se muito limitada. O J-7 IM (‘m’ de modernizado) tentava solucionar falhas no sistema hidráulico dos J-7I. Problema que ‘’graundeou’’ quase toda a frota de J-7I por período considerável. Com as melhorias, os problemas foram amenizados, e a operacionalidade da frota atingiu níveis aceitáveis.
J-7 II Variante atualizada da série J-7I, que adotava o motor Wopen 7B e modificações no sistema de ejeção.
F-7B Na prática, essa aeronave era um J-7 II de exportação, que tinha novos pílones compatíveis com os mísseis franceses R550 Magic II. O Egito foi o maior comprador dessa versão, chegando inclusive a comprar alguns aviões e doá-los ao Iraque.
J-7 BS - Tipo similar ao F-7B, porém com 4 pílones sob as asas. Havia uma versão de exportação dessa variante, que foi vendida apenas ao Sri lanka.
J-7 II A - Veio como melhoria da versão J-7 II. Foi introduzida em 1980 e contava com aviônicos ocidentais como o HUD britânico type 956, que se tornou padrão para os demais J-7 á partir de então.
F-7M Airguard - Era um melhoramento da célula do J-7II, em parceria com a empresa britânica GEC-Marconi. O programa F-7M teve inicio em 1978 e levou 6 anos para ser concretizado. Dentre os novos equipamentos constavam o radar britânico Skyranger (type 226), o HUD britânico type 956, altímetro norte-americano type 0101HRA e o rádio AD 3400, também de origem britânica. Os F-7M ainda dispunham de uma nova asa que reduzia em 20% as distâncias para pousos e decolagens e ampliava as capacidades do avião no combate ar-ar.
O modelo foi exportado para Bangladesh (F-7MB), Irã, Myanmar e para o Paquistão, que encomendou 20 unidades do F-7M, mas os devolveu á China ao perceber que a aeronave não satisfazia seus requisitos. Tempos depois os paquistaneses vieram a colaborar com projeto: devido a inexperiência chinesa no manejo de radares ocidentais (tais como o Skyranger), coube aos pilotos de F-16 A da PAF (pakistan Air Force) os ajustes finais.
Segundo seus usuários, o F-7M é 40% mais eficaz que um Mig-21 da terceira geração, em termos de desempenho global.
Super-7/Saber-7 - Desenvolvido nos anos 80 pela Chengdu, com participação de empresas britânicas , o Super -7 foi uma tentativa de melhorar radicalmente as células de F-7M.Entre as modificações propostas pelos britânicos, estava a substituição do motor Wopen pelo GE F404 ou pelo PW 1.120.As opções de radar abrangiam o Red Fox(versão do Blue Fox usada no Sea harrier)e o APG-69.Embora os testes com radares e motores novos tenham sido bem sucedidos, a atualização foi rejeitada ,pois um único radar APG-69 custava o mesmo preço de um J-7 novo.
Algum tempo depois,foi formada uma ‘’joint venture’’ entre a Chengdu e a Grumman americana que gerou o Saber-7,uma espécie de ‘’evolução’’ do Super 7 com entradas de ar laterais e Radar APG-67(o mesmo do projeto F-20 Tigershark).Novamente os testes tiveram êxito,mas devido o afastamento da China do Ocidente ,ocorrido no final dos anos 80,as companhias estrangeiras abandonaram o projeto.A Chengdu comprou a ‘’briga’’sozinha e resolveu continuar o desenvolvimento do Super 7 anos mais tarde, surgia o FC-1, ou JF-17, resultado desse trabalho.
J-7 III (J-7 C/D) A Partir de um Mig-21 MF adquirido junto ao Egito em 1979, a engenharia reversa chinesa, através da empresa Chengdu, desenvolveu uma versão do J-7 baseada na terceira geração do ‘’fishbed’’, com toda a aviônica e motor espelhados no projeto russo. Porém haviam novos HUD, piloto automático KJ-11(coisa que, por exemplo, não existia em caças como o F-5E), sistema de RWR e dispensadores de chaff/flares, que ampliavam a lista de modificações.
O modelo J-7C entrou em serviço com a PLAAF (Força Aérea da China) em 1992, mas sua vida operacional não será longa: mais pesado e menos ágil que os demais J-7, não teve um radar capaz de prover capacidades BVR. Sua produção foi limitada a 30 exemplares, que hoje operam como caças noturnos.
Uma outra versão baseada no Mig-21 MF mas muito melhorada era a J-7D, evolução do Chengdu J-7C com radar JL-7 A otimizado, um HUD HK-13 A, sistema TACAN JD-3, novo sistema RWR KJ-8602 e um motor Wopen 13F-1. O armamento contava ainda com mísseis PL-8 (corresponde a uma cópia do Phyton 3 israelense)e canhão de 23 mm. Com a produção iniciada em 1994, o último exemplar saiu da linha de montagem em 1999. A priorização de projetos mais novos como J-10 e J-11 foi a maior causa para a não continuidade do modelo.
Acima: O J-7E foi o primeiro dos caças dessa familia a apresentar a asa em delta quebrado que proporcionou a grande melhoria no desempenho de vôo da aeronave.
J-7E - O J-7 E surgiu como mais uma variante melhorada do J-7 II. Seu desenvolvimento data de 1987, época que a China carecia de um substituto para a série J-7 II / F-7B. As diferenças desse novo tipo podiam ser notadas antes mesmo da fabricação das aeronaves: O processo de fabricação do J-7E era assistido por programas de computador (CAD/CAM). Havia o emprego de corte a laser e com jato de água, testes eletromagnéticos e materiais compostos. Essas tecnologias permitiram que um projeto dos anos 50 passasse a obedecer aos padrões de qualidade dos anos 90.
A suíte de equipamentos incluía o já consagrado radar Skyranger type 226, bem como HOTAS, HUD JT-1, sistema RWR KW 8602, TACAN JD-3, sistemas de jammer KG 8605 e dispensador de flares. O motor passava a ser o Wopen-13F, com 66,7 KN de empuxo com pós-cumbustor.
O armamento externo (limitado a 2 .000 kg) compreendia bombas de queda livre, foguetes e mísseis PL-5 e/ou PL-8. Internamente havia um canhão de 30 mm. Porém o maior avanço do J-7E estava em sua asa; inspirada nas formas do protótipo americano X-31, a asa em duplo-delta chinesa, segundo o pesquisador Alan Warnes (Air Forces Montlhy), trouxe um incremento* considerável nas performances do avião, tais como:
- Melhoria de 35% da distância para decolagem, que passava a ser menor.
- Melhoria de 25% na aceleração e velocidade de subida.
- Melhora da ordem de 33% no raio de curva, a 5 mil pés.
- Melhora de até 66% no raio de curva a 20 mil pés.
- Redução de 33% na velocidade mínima de segurança.
- Aumento do limite estrutural de 7 para 8 g’s de tolerância.
- Capacidade de curva ampliada para 23º/seg em cargas G instantâneas, e de 16º/seg para cargas G sustentadas(para altitudes de 1.000 metros).
- Eficácia de combate melhorada em 84% em relação ao J-7B.
- Desempenho global aerodinâmico melhorado na ordem de 43%.

- Melhora de 45% na manobrabilidade geral, comparando-se ao F/J-7 M comparado a asa original do Mig-21.

Acima: O painel do F-7M é bastante antiquado, tipico dos aviões dos anos 70 e 80. Porém a simplicidade foi o foco do projeto desde o início.

F-7 P/PG ‘’Skybolt’’ - O F-7P era um desenvolvimento do F-7M, feito para suprir às necessidades específicas do Paquistão. Contava com 24 modificações, incluindo entre elas a condição de carregar 4 mísseis ar-ar AIM-9 ‘’sidewinder’’, bem como receber o assento ejetavel MK 10L da Martin Baker. Mais tarde o F-7P incorporou aviônicos como o receptor ILS/VOR NA/ANR-147, o ADF (Automatic Direction Finder, ou ‘localizador automático de direção’, que auxilia na navegação por auxílio de rádio) AN/ANR-142, e o DME-42 equipamento medidor de distâncias’, que consiste num sistema no qual ondas de rádio de estação de terra informam a distância da aeronave em relação ao solo) da Pro Line II .
F-7 PG designa nada menos que um modelo ‘’upgradeado’’ do F-7P;,que por sua vez é um derivado do projeto F-7 MG (desenvolvido apenas para exportação). A mudança mais notável (além do HOTAS) foi a troca do radar Skyranger pelo modelo italiano FIAG Grifo MK II, que tem capacidades ‘’look down – shoot down’’(enxerga e dispara contra alvos abaixo do avião) e pode travar 4 alvos simultaneamente .
Em comparação ao modelo J-7 M, a agilidade do F-7 PG mostrou-se 43% melhor; a eficiência em missões de superioridade aérea melhorou em 83,9% e a velocidade de subida teve melhora de 24%. No inicio a PAF (Pakistan Air Force) encomendou 46 caças F-7PG e 9 treinadores FT-7 PG, porém o potencial do modelo impressionou tanto os milicos paquistaneses, que foi dada a ordem de encomenda para mais 11 F-7 PG, que substituíram os Shenyang F-6C (Mig-19) que continuavam em atividade.
Usuários do modelo: Paquistão(F-7PG); Bangladesh (F-7 BG); Namíbia (F-7 NM); Nigéria ( F-7 NI); Sri Lanka( F-7 G) e possivelmente Coréia do Norte (F-7 K?).
F-7 G - Trata-se de uma versão superior do do J-7E, desenvolvida par auso interno, que voou pela primeira vez em 2002. Equipada com o novo radar pulso-doppler KJL-6E (que na verdade assemelha-se muito ao radar israelense Elta EL/M 2001) tem asa em duplo delta, novo canopy com maior área ‘’envidraçada’’, melhor suíte de contramedidas eletrônicas e um HMD de origem russa, compatível com o radar do avião.Diferente do HMD adotado no J-7E, o modelo russo permite que o piloto guie os mísseis Pl-8/9 com auxílio do radar.
Outras alterações importantes do J-7G foram: adoção de um motor mais potente, novo sistema IFF, assento ejetavel zero-zero e retirada de um dos canhões de 30 mm.
JJ-7 Versão biplace do J-7,desenvolvida à partir do Mig-21U ‘’Mongol-A’’, que por sua vez é um representante da ‘’Segunda geração’’ dos ‘’fishbed’’ .A diferença externa mais notável é a ‘’barbatana ‘’que fica abaixo da tubeira, que no caso dos modelos chineses é dupla. Para as versões de treinamento do J-7, os chineses deixaram à cargo da empresa Guizhou qualquer alteração ou modernização nas células.

Acima: 
O jato de treinamento JL-9 é, praticamente, um MIG-21 com entradas de ar laterais o lugar da entrada frontal que caracteriza o modelo. Este jato foi preterido em favor no moderno jato L-15 Falcon.
JL-9 - Desenvolvido pela GAIC(Guizhou Aviation Industry Group) desde 2001, o JL-9 ou ‘’FTC-2000(Fighter Trainer China-2000), também conhecido como ‘’Águia da Montanha’’(Shan Ying em chinês). Esse avião é uma solução de baixo custo para a substituição da frota de JJ-7, mas dispõe de alguns novos recursos como GPS, avançado radar de controle de tiro,posição dos assentos ejetáveis elevada (para proporcionar melhor visibilidade), sistema de simulação de vôo IFR, sistema de transferência de dados eletrônicos databus 1553B e aviônicos integrados(HUD + DMF’s,RWR,ECM), na tentativa de adequar a célula do JJ-7 aos padrões atuais. O motor não foi alterado em relação aos últimos J-7 de caça (motor Wopen 13F),assim como não há, no JL-9 sistema fly by wire.
Fato curioso foi o FTC-2000 ter vencido em 2010 a concorrência para escolha de um novo avião de treinamento avançado, na qual seu principal concorrente era o Hongdu’s L-15, que lembra muito os modelos mais recentes da Aermacchi italiana. Sendo considerado um projeto mais avançado, o alto custo do L-15 teria inviabilizado sua produção momentaneamente.
Antes se acreditava que o Jl-9 seria usado apenas para formação de pilotos para caças J-7 e J-8, porém, ao que tudo indica, terão o desafio inicial de também formar pilotos para vetores como J-10 e J-11.Comenta-se que no futuro surgirão versões do JL-9 para guerra eletrônica e uma especializada para ataque ao solo.

Acima: O F-7/J-7 é uma aeronave simples e seu armamento segue essa premissa. Seus mísseis mais sofisticados são os modelos ar ar guiados por calor e de curto alcance. É um caça diurno de combate aéreo de curta distancia (dog fight) dedicado.


HISTÓRICO OPERACIONAL
A maior parte das ações realizadas pelas aeronaves J/F-7 ao redor do mundo, foram do tipo ataque ao solo.Em missões ar-ar raramente houveram encontros que resultaram em batalhas.
Existem evidências de que na China,no dia 05 de Outubro de 1965, o piloto chinês Yunbao Zang (líder de esquadrilha) tenha abatido um avião de reconhecimento RA-3B da Us Navy com disparos de canhão de 30 mm.Três anos depois, os J-7 chineses voltaram a interceptar aeronaves americanas(dessa vez UAV’s da USAF)abatendo 6 delas.
No Sudão a frota de F-7B da força aérea sudanesa foi usada no ataque ao solo durante a Segunda Guerra Civil iniciada nos anos 80, que ocorreu naquele país.Outros relatos dão conta que a Tanzânia usou seus F-7 para evitar os sobrevôos de bombardeiros TU-22 líbios ,em 1979, conseguindo êxito.
No Zimbabwe, durante confrontos contra o Congo, os F-7 teriam sido usados em ataques a aeroportos e nas tentativas mal sucedidas de interceptar e abater aviões de transporte de suprimentos que voavam de Ruanda e Burundi em direção ao território congolês.
Albânia, Sri Lanka e Iraque também utilizaram seus F-7 em missões de interceptação e ataque ao solo, porém o caso mais curioso envolvendo os F-7 na arena ar-ar, ocorreu no Egito em Julho de 1977,quando houve o encontro dos Mig-21MF e J-7B egípcios com caças líbios: pelos menos 3 aeronaves líbias que voavam sobre território egípcio foram abatidas, incluindo 3 Mirages 5 e um Mig-23MS. Nas semanas seguintes ,os F-7B da FAA continuaram de patrulha na área fronteiriça para evitar outras ações da LARAF(força aérea líbia).Em Novembro de1979,em outra investida Líbia ,os Mig-21 e J-7B foram acionados, e um dos aviões da esquadrilha conseguiu interceptar e abater um outro Mig-23 MS,provavelmente usando mísseis AIM-9P. O atrito entre as duas nações árabes foi gerado após um polêmico acordo de paz entre Israel e Egito. Ainda sobre os F-7B , é curioso o fato do Egito ter possuído muitas versões de Mig-21 (algumas mais recentes que o F-7B)e manter voando apenas o modelo chinês.Esses velhos guerreiros aguardam a saída do serviço: serão substituídos em breve por F-16C.
Acima: O J-7E usado pela China é a versão mais interessante da familia pois traz modificações aerodinamicas e de sistemas que o diferenciam de seus irmãos mais próximos do MIG-21.

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структурная схема получения масел | 24-01-2020

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How To Prevent Prostate Problems And Diseases?

Albertfah | 04-09-2018

The prostate related is the central part of a male's reproductive :. It secretes fluids that assisted in the transportation and activation of sperm. The men's prostate can be found just as you're watching rectum, below the bladder and surrounding the urethra. When there is prostate problem, it will always be very uncomfortable and inconvenient for the patient as his urinary method is directly affected.

The common prostate health issues are prostate infection, enlarged prostate and prostate cancer.



Prostate infection, often known as prostatitis, is among the most common prostate-related overuse injury in men younger than 55 yrs . old. Infections from the prostate gland are classified into four types - acute bacterial prostatitis, chronic bacterial prostatitis, chronic abacterial prostatitis and prosttodynia.

Acute bacterial prostatitis may be the least common of varieties of prostate infection. It is a result of bacteria perfectly located at the large intestines or urinary tract. Patients may experience fever, chills, body aches, back pains and urination problems. This condition is treated by using antibiotics or non-steroid anti-inflammatory drugs (NSAIDs) to help remedy the swelling.

Chronic bacterial prostatitis is really a condition of the particular defect inside gland and the persistence presence of bacteria within the urinary tract. It can be brought on by trauma towards the urinary tract or by infections received from other regions from the body. A patient may experience testicular pain, back pains and urination problems. Although it is uncommon, it may be treated by removal of the prostate defect accompanied by the utilization antibiotics and NSAIDs to treat the inflammation.

Non-bacterial prostatitis accounts for approximately 90% of prostatitis cases; however, researchers have not to ascertain the causes of these conditions. Some researchers believe chronic non-bacterial prostatitis occur due to unknown infectious agents while other think that intensive exercise and lifting might cause these infections.

Maintaining a Healthy Prostate

To prevent prostate diseases, a suitable meals are important. These are some with the actions and also hardwearing . prostate healthy.

1. Drink sufficient water. Proper hydration is necessary for general health and it'll also keep your urinary track clean.

2. Some studies suggest that a number of ejaculations per week will prevent prostate type of cancer.

3. Eat beef in moderation. It has been shown that consuming greater than four meals of beef a week will raise the probability of prostate diseases and cancer.

4. Maintain an appropriate diet with cereals, vegetable and fruits to be sure sufficient intake of nutrients needed for prostate health.

The most crucial measure to adopt to be sure a proper prostate is usually to opt for regular prostate health screening. If you are forty years and above, you ought to go for prostate examination at least annually.

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